O texto "A Ordem do Discurso" de Foucault nos mostra como o discurso é manipulada e controlado. Quase sempre impregnado de pontos de vista e valores, podendo perpetuar pensamentos e filosofias. O discurso nem sempre é horizontal ou respeita opiniões, muitas vezes é construído em campo pérfido, onde quem o proclama, muitas vezes, pensa possuir "autoridade" absoluta sobre aquilo que prega, excluindo sempre as questões fora dos padrões criados pelo mesmo.
Foucault nos trás os procedimentos externos de controle e também de exclusão do discurso que são a Interdição da palavra, a partilha da loucura e a vontade da verdade. Foucault nos diz que "dos três grandes sistemas de exclusão que incidem sobre o discurso, a palavra interdita, a partilha da loucura e a vontade da verdade, foi no terceiro que mais me demorei. Pois é na sua direção que os primeiros se têm constante mente encaminhado, há séculos a essa parte; porque, cada vez mais, ele visa tomá-los a seu cargo, para assim os modificar e fundar: porque se os dois primeiros tornam-se cada vez mais frágeis, mais incertos, na medida em que agora são atravessados pela vontade da verdade, esta, pelo contrário, cada vez mais se reforça, tornando-se mais profunda e mais incontornável"
Na mediada em que um discurso é proferido multiplica suas verdades através dos tempos, mas que verdades são essas? Verdades são construções subjetivas, que devem ser analisadas cuidadosamente antes de serem legitimadas, pois muitos discursos legitimam injurias, desconstruindo muitas vezes a própria verdade. Todo discurso possui um objetivo, seja direta ou indiretamente ele visa atingir algo. O grande problema é quando quem discursa acredita somente na sua própria verdade, isso ocorre, principalmente, graças ao nosso “orgulho intelectual”.
Ao ler o texto, em um primeiro momento, me veio a mente discursos que são proferidos mundo a fora por pessoas que legitimam algo e acreditam que possuem o poder, por isso legitimam fatos, muitas vezes, antagônicos a nossa realidade social. Então lembrei-me de um fato recente, que configurava uma entrevista informal, onde nasceu um discurso que ganhou grandes proporções nacionais, onde o deputado Jair Bolsonaro lançou um discurso repleto de valores pessoais que o mesmo considerava verdades absolutas, um discurso altamente excludente e preconceituoso. Voltando um pouco mais na história temos Adolf Hitler com seu discurso hegemônico, em que o mesmo, disseminava o pensamento de se criar uma nação "pura", as proporções deste discurso totalmente manipulador são vistas até hoje, o holocausto que atingiu não só judeus, mas todos os que não se "encaixavam" no perfil criado eram dizimados.
Foucault nos trás os procedimentos externos de controle e também de exclusão do discurso que são a Interdição da palavra, a partilha da loucura e a vontade da verdade. Foucault nos diz que "dos três grandes sistemas de exclusão que incidem sobre o discurso, a palavra interdita, a partilha da loucura e a vontade da verdade, foi no terceiro que mais me demorei. Pois é na sua direção que os primeiros se têm constante mente encaminhado, há séculos a essa parte; porque, cada vez mais, ele visa tomá-los a seu cargo, para assim os modificar e fundar: porque se os dois primeiros tornam-se cada vez mais frágeis, mais incertos, na medida em que agora são atravessados pela vontade da verdade, esta, pelo contrário, cada vez mais se reforça, tornando-se mais profunda e mais incontornável"
Na mediada em que um discurso é proferido multiplica suas verdades através dos tempos, mas que verdades são essas? Verdades são construções subjetivas, que devem ser analisadas cuidadosamente antes de serem legitimadas, pois muitos discursos legitimam injurias, desconstruindo muitas vezes a própria verdade. Todo discurso possui um objetivo, seja direta ou indiretamente ele visa atingir algo. O grande problema é quando quem discursa acredita somente na sua própria verdade, isso ocorre, principalmente, graças ao nosso “orgulho intelectual”.
Ao ler o texto, em um primeiro momento, me veio a mente discursos que são proferidos mundo a fora por pessoas que legitimam algo e acreditam que possuem o poder, por isso legitimam fatos, muitas vezes, antagônicos a nossa realidade social. Então lembrei-me de um fato recente, que configurava uma entrevista informal, onde nasceu um discurso que ganhou grandes proporções nacionais, onde o deputado Jair Bolsonaro lançou um discurso repleto de valores pessoais que o mesmo considerava verdades absolutas, um discurso altamente excludente e preconceituoso. Voltando um pouco mais na história temos Adolf Hitler com seu discurso hegemônico, em que o mesmo, disseminava o pensamento de se criar uma nação "pura", as proporções deste discurso totalmente manipulador são vistas até hoje, o holocausto que atingiu não só judeus, mas todos os que não se "encaixavam" no perfil criado eram dizimados.
O livro de Foucault é denso e complexo, nos mostrando as várias vertentes do discurso, muitas vezes não se tem a devida noção do poder que o discurso pode exercer sobre determinados grupos. Discursos disseminam pontos de vistas que podem gerar a paz e compreensão, quando empregados de maneira correta, em contrapartida pode proliferar o preconceito e o desrespeito.
Para finalizar o post, como amante que sou do cinema, gostaria de compartilhar um trecho do filme dirigido por Charlie Chaplin, no ano de 1940, “O Grande Ditador”, uma obra belíssima que ao seu fim possui o “último discurso do grande ditador”, que na verdade não é o grande ditador, mas aí só assistindo ao filme, interpretado por Chaplin, vale muito a pena assistir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário